Acaba de ser lançado o livro Maldita Animação Brasileira, com organização de Sávio Leite, pela Editora Favela é Isso Aí. O lançamento aconteceu em Belo Horizonte, durante o 13º MUMIA – Mostra Udigrudi Mundial de Animação.

O livro traz textos de Quiá Rodrigues (RJ), Leonardo Ribeiro (RJ/MG), Roberto Maia (SP), Diego Akel (CE), Caó Cruz Alves (BA), Christiane Quaresma e Marcus Buccini (PE), Patrícia Alves Dias (PE) e Márcio Junior (GO), cada um analisando diversos aspectos da animação brasileira e suas especificidades.

maldita-animacao-brasileira_livroAlém dos textos dos autores citados ainda há dez entrevistas com expoentes da animação brasileira contemporânea, mas todos voltados a um recorte na produção independente. Entrevistas de grandes nomes do cinema de animação como: Arnaldo Galvão, diretor e produtor de animação, Otto Guerra (RS), Stil (RJ) e Wilson Lazaretti (SP), César Cabral (SP), Clécius Rodrigues (MG), Eduardo Perdido (SP), Marão (RJ), e Mauricio Squarisi (SP).

O cearense Diego Akel analisa a produção experimental em animação a partir dos dispositivos móveis, numa experiência pessoal e autoral. O realizador Caó Cruz Alves trata sobre a produção baiana, seus principais realizadores, a importância dos festivais de cinema locais como divulgadores dessa produção e dos editais específicos como incentivador, tanto em curtas como em longas-metragens autorais e criação de séries animadas.

Cristiane Quaresma e Marcos Buccini, pesquisadores ligados à Universidade Federal de Pernambuco, analisam a produção de animação e Super-8 no Recife da década de 1970, onde um dos mais importantes artistas plásticos brasileiros, Paulo Bruscky, fez duas incursões no cinema de animação.

Márcio Junior, criador da Monstro Discos, do Goiânia Noise e da Trash – Mostra Goiânia de Filmes Independentes – e ainda Mestre em Comunicação pela UnB, fala da criação da Escola Goiânia de Desenho Animado e da MMarte Produções, cujas realizações andam movimentando o cinema de animação independente e revelando nomes como Wesley Rodrigues.

Patrícia Alves Dias, Mestre em Educação pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), formada em Cinema de Animação pela National Film Board do Canadá e fundadora dos Estúdios da Empresa Municipal de Multimeios da Prefeitura do Rio (MultiRio), volta seu olhar para várias iniciativas e pessoas cujo trabalho tem foco em animação feita com crianças, tanto no Brasil quanto no exterior.

Quiá Rodrigues debruça-se sobre o trabalho fronteiriço de Sávio Leite e Clécius Rodrigues, bem como dos parceiros que permitem a essa obra vir à luz.

Sávio Leite, organizador do livro, reforça: “A intenção da publicação foi mapear no Brasil o que de mais significativo se produziu em termos de cinema de animação com a preocupação de abranger todo o território nacional e lançar uma luz para vários realizadores brasileiros. A animação brasileira vive uma boa fase com a produção de longas metragens premiados em importantes festivais internacionais como ‘ O Menino e o Mundo’ de Alê Abreu e o ‘ Uma história de Amor e Fúria’ de Luiz Bolognesi. Foram convidados pesquisadores de todo o Brasil pra refletir sobre o cinema de animação. Da produção alternativa do paulista Roberto Miller até a criação de uma escola em Goiânia, passado pelas produções feitas com e para crianças em um rico painel de experiências e realizações a produções de conteúdo de dispositivos moveis e inserções de artistas plásticos na área de animação como o caso do recifense Paulo Bruscky.”

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