Inauguração do 1º Memorial de Cinema e Audiovisual da Bahia

O idealizador do projeto, Roque Araújo, será homenageado em Cachoeira

(Texto: Instituto Roque Araújo)

O patrimônio e a memória cinematográfica baiana receberão nos próximos dias o primeiro museu dedicado exclusivamente à preservação da sétima arte. O Memorial será inaugurado no sábado (17), às 19h. A solenidade de abertura acontecerá no encerramento do XVI Festival de 5 Minutos, com a participação de vários artistas e personalidades públicas, na cidade de Cachoeira. A noite ainda contará com a intervenção urbana Afro Barroco com Mateus Aleluia, Orquestra Reggae e VJ Mateus Ribeiro.

A importância da criação de um museu que resgata a história do cinema se justifica no pioneirismo que a Bahia tem no cenário cinematográfico. Em 1959, Roberto Pires fabricou uma lente anamórfica, para produzir em Cinema Scope o primeiro longa metragem baiano “Redenção”, que acabou abrindo o caminho para novos cineastas, inclusive Glauber Rocha.

Roque Araújo, acompanhou toda a trajetória do desenvolvimento do audiovisual baiano e, em paralelo a esse processo colecionou alguns equipamentos responsáveis por fomentar essas produções. “Os equipamentos do memorial foram responsáveis por mais de 70% da produção cinematográfica baiana e brasileira. A criação do museu visa principalmente a manutenção da memória do Cinema Nacional “, ressalta Roque Araújo.

 

Estes são alguns equipamentos que doei para o Museu do Cinema Roque Araújo.

FJ-av2_viewer

AV-2 viewer – visualizador de filmes super-8 (individual e só para filmes de até 3 minutos)

FJ-super8

Câmera super-8 Universal 444 (sempre digo que foi a última super-8 a ser comprada em loja na Bahia)

FJ-m3000

Filmadora VHS Panasonic M-3000 (usei muito nos anos 90. Na foto seguinte está logo ali ao fundo).

FJ-memorial_RoqueAraujo

Fausto Junior faz uma pose com o antológico equipamento da Iglu Filmes.

 

Memorial

O Memorial do Cinema Roque Araújo tem por objetivo fomentar e construir atividades sociais de caráter educacional, cultural e artístico, além da preservação da memória do cinema e audiovisual baiano. Uma trajetória contada através de equipamentos cinematográficos que definiram os enquadramentos destas histórias, a partir do olhar de um dos grandes nomes da cinematografia baiana, Roque Araújo. O projeto conta com apoio da Prefeitura Municipal de Cachoeira, através da Secretaria de Cultura e Turismo, Sindicato dos Trabalhadores na Indústria Cinematográfica do Rio de Janeiro, Standarte Photo & Vídeo, Instituto de Radiodifusão Educativa da Bahia, Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia, Diretora de Audiovisual da Bahia, Fundação Cultural do Estado da Bahia e Secretaria de Cultura do Estado.

 

roque-araujo2Roque Araújo tem 77 anos – dos quais 56 dedicados ao cinema entre Salvador, Rio de Janeiro, Itália, São Paulo e a França. Participou de todas as produções cinematográficas realizadas por Glauber Rocha, além de Redenção (primeiro longa baiano), A Grande Feira, Tocaia no Asfalto, O Pagador de Promessas, Menino de Engenho, dentre outros. Glauber lhe confiou parte do último filme que produziu, A Idade da Terra (1980). Este material deu origem a dois filmes No Tempo de Glauber (1986) e Glauber em Defesa do Cinema (2006), produzido e dirigido por Roque Araújo.

convite-ira

 

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  1. Simone Lopes você demonstra ter total desconhecimento de cinema e da figura do Ione do cinema brasileiro, chamado Roque Araújo. A sua rancorosa observação não tem nenhum cabimento e não merece crédito. Procure conhecer melhor o Roque Araújo e você terá acesso a uma história de vida dedicada ao cinema brasileiro e a preservação da sua memória.
    Viva Roque Araújo! O Ícone do Cinema Brasileiro.
    Flávio Leandro

  2. Gerusa do Amaral on

    Cara Simone Lopes,respeito sua opinião,mas na verdade não concordo, pois já nos anos 70 tive a oportunidade e o prazer de trabalhar em um Longa e outros trabalhos realizados pela Produtora do mesmo. Acredito q, os detalhes aos quais citou saõ irrelevantes dada a magnitude e iniciativa, de mostrar aos novos pseudos cineastas como era difícil produzir cinema e q. mesmo assim existiam grandes obras, e lembrar q, nos anos 70 o cinema brasileiro estava em alta, graças a profissionais do porte de Roque Araujo. Durante todo o período que fiz parte de sua equipe nunca houve nenhum ato irresponsável da parte deste profissional, não sei se é do seu conhecimento Roque sempre foi um profissional engajado pela melhoria de sua categoria, entendem até que o sated se voltava mais para a categoria artística, e que os técnicos ficavam sempre em segundo plano tinham q. brigar por seus direitos.Foi então que pensado na Categoria resolveu criar por iniciativa própria e com ajuda de outros grandes nomes do cinema, resolveu levantar a bandeira em prol de sua categoria um tanto quando marginalizada e mal paga,(lembrado também que sem técnica não se faz cinema) Roque trouxe a baila uma discussão, encontrou resistências de opositores, e nem por isso se deteve e fundou no Rio de Janeiro o Então Stic.( sindicato dos trabalhadores na industria do cinema) Onde todos os tecnicos podem se reunir e traçar metas de trabalho e fazer valer varias leis q. não eram exercidas em favor do s nossos tecnicos. Portanto se vc. realmente conhece a História de Roque Araujo não colocaria em duvidas quanto a qualidade dos profissionais que o irão cercar, saiba que serão os melhores. EStou a disposição
    att.

  3. Simone Lopes on

    Gente! Conheço Roque Araújo,a estória dele, o acervo q pertence a ele e o desejo q sempre teve em exibí-los e deixar um legado ao povo,mas o observo q em momentos os textos chamam o espaço onde as peças estão expostas de memorial e em outro de Museu e existe grande diferença entre as duas denoinações e ações q desenvolvem.Tomem cuidado com isso e busquem caminhos legais para implantação o espaço.Observem a situação do acervo vejam como regularizar…acordem para o fato de q na própria cidade onde o trabalho esta sendo realizado existe um curso de museologia e profissionais q entendem do assunto. É só uma dica!!!!!!!

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