O VIDEOCAMP é uma plataforma global, online e gratuita, que assume o cinema como uma poderosa ferramenta de transformação social. Disponível em português, inglês e espanhol, reúne filmes que provocam, sensibilizam e inspiram, indicando também como se engajar para ajudar os movimentos causados por cada filme. A proposta é conectar filmes transformadores a espectadores dispostos a agir e se engajar.

Criada pelo Instituto Alana e Maria Farinha Filmes, além de oferecer visualizações individuais, o Videocamp possibilita que interessados organizem exibições públicas gratuitas de alguns títulos disponíveis. Para ter acesso, basta preencher um cadastro no próprio site.

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Carolina Pasquali, diretora de comunicação do Instituto Alana, conta que a ideia de criar a ferramenta surgiu da necessidade de pensar novos modelos de distribuição para as obras no País.

“Desde nosso primeiro filme, percebemos que o cinema tinha um potencial imenso para a transformação. O Criança, a Alma do Negócio (2008), de Estela Renner, rodou escolas, eventos, foi liberado para a internet, enfim, fez uma trajetória enorme e até hoje tem demanda de exibição”

Trata-se de uma forma alternativa de distribuição – a distribuição que busca o impacto –, e funciona tanto para o produtor do filme, que aumenta o público da sua obra, quanto para o espectador, que acessa um conteúdo de qualidade e amplia sua visão de mundo.

Entre os diversos filmes disponíveis no Videocamp estão longas como Encontro Com Milton Santos: O Mundo Global Visto Do Lado De Cá; Utopia e Barbárie; Jango, de Sílvio Tendler, e curtas como Abuela Grillo (2009), animação em co-produção Bolívia-Dinamarca, dirigido por Denis Chapon, que utiliza uma lenda do povo ayorea para fazer referência à Guerra da Água, ocorrida em Cochabamba (Bolívia) em 2000 depois da decisão do governo de privatizar o abastecimento de água. O próprio site organiza playlists sobre temas como política, gênero, questões raciais.

 

LANÇAMENTOS
A plataforma Videocamp tem sido também utilizada para lançamentos  de filmes, que a partir daí alcançam outras janelas de exibição, como canais pagos de streaming videos (Netflix, Google Play, etc). Um dos melhores exemplos é Território do Brincar, de Renata Meirelles e David Reeks, que  percorreram diversas regiões brasileiras registrando o brincar universal de meninos e meninas de diferentes realidades. O filme teve até o momento mais 60 mil visualizações só no Videocamp, e mais de 1800 exibições públicas

 

COMO ENVIAR SEU FILME
Dentro da plataforma, o produtor pode inserir seu filme de diversas formas, já que os vídeos não ficam propriamente hospedados ali. “Tem filmes que já estão abertos na internet, então a gente redireciona o usuário para o YouTube, por exemplo. O site funciona como uma curadoria, faz esta organização para o espectador e, ao mesmo tempo, fortalece o canal onde este filme está hospedado”, explica Luana.

Para usar a ferramenta, basta criar uma conta de acesso gratuita que, automaticamente, gera um perfil para o usuário. A partir do histórico de cada um, a plataforma é capaz de indicar outros filmes, além de oferecer a possibilidade de ranquear, comentar e sugerir obras para outras pessoas.

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