Narração: Bruno Félix Imagens: Fausto Junior Edição do clip: Fausto Junior
Em 2009 prestei serviço como cinegrafista à MB Press, agência que fornecia conteúdo para a TV iG. Minha tarefa era ir aos jogos da Série A do Campeonato Brasileiro aqui em Salvador, gravar a partida e enviar os gols via internet. Naquele ano era o Vitória quem estava na elite. Em 2010 vi de perto o rubro-negro cair para a Série B e em 2011 mudei de endereço, passando a acompanhar a volta do Bahia à Séria A, direto de Pituaçu.
Eu procurava sair de casa cedo, bem cedo. Três ou quatro horas antes do jogo (ou até mesmo cinco em caso de um Bahia X Corinthians, Vitória X Flamengo, por exemplo). Tudo isso para evitar engarramento, conseguir vaga para estacionar e, no setor de imprensa do estádio, colocar a câmera em um bom local. Era interessante chegar e encontrar tudo quase vazio, a não ser pelos funcionários e equipes de rádio e TV às voltas com fios e cabos e traquitanas diversas. De vez em quando, além de ler, escrever e desenhar enquanto esperava o início do embate, também fazia sequência de fotos em stop-motion.
Com a bola rolando não havia espaço para distração. Os lances são muito rápidos e o gol podia surgir mesmo numa jogada aparentemente tranquila. Bastava um goleiro mão-de-alface deixar a bola escapulir.
Em certas ocasiões o setor de imprensa ficava lotado (e ocupado não apenas por quem estava trabalhando). Câmeras de todos os formatos e tamanhos disputavam a vista para o gramado, acompanhando a trajetória do outrora chamado “balão de couro”. A internet multiplicou a quantidade de canais esportivos, como blog, vlogs e setores web das tradicionais TVs, rádios e jornais, mas a administração de alguns estádios pode não ter se dado conta dessa nova realidade (principalmente diante de uma situação pouco frequente, como a disputa de uma equipe do Nordeste numa final nacional).
FINAL DA COPA DO BRASIL
Em 2010 fiz a final da Copa do Brasil entre Vitória e Santos (que contava com Neymar, Robinho e companhia). Quando cheguei ao Barradão o setor de imprensa já estava lotado, com equipes de rádio, TV, jornais e web de Salvador, interior da Bahia e de diversas regiões do país. Muitos tinham vindo direto do aeroporto, trazendo suas malas e caixas de equipamentos. E cada vez chegavam mais! O espaço que já era pequeno ficou abarrotado. Para piorar a situação, naquela noite caiu uma chuvarada boa. E era um tal de se esticar coma câmera para captar uma jogada, e o locutor esportivo levantando pra conseguir enxergar o desfecho de outro lance. E cada um fazendo o que podia para proteger suas máquinas da chuva e da goteira. Foi uma loucura! O Vitória ganhou, mas não levou. Veja a matéria da TV iG (narração: Bruno Félix, imagens: Fausto Junior):
Em 2011 tivemos o efeito elevador: descida do Vitória, subida do Bahia à Série A após uma década na amargura. Perto do final dessa temporada o pessoal da MB Press me propôs uma nova tarefa – acompanhar os treinos da dupla BA-VI para o site Torcedor Sem Fronteiras, da operadora TIM. Mas isso já é outro capítulo..
